terça-feira, 9 de junho de 2009

Buenos Aires - Argentina



Embarcamos para Buenos Aires no sábado, dia 30/05/2009, chegamos em Buenos às 13:15. Estava chovendo e bastante frio.
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Na outra vez que estivemos em Buenos Aires ficamos hospedados no hotel Golden Tulip Savoy, porém essa vez, optamos pelo Hotel Ibis. Os dois hotéis são muito próximos e ficam nas imediações do Congresso. Na minha opinião uma excelente localização. Bem central para todos os deslocamentos na cidade. A diferença dos hotéis fica por conta do preço. Enquanto o Golden Tulip Savoy está 125 dólares, o Ibis está 65 dólares. O Golden Tulip Savoy tem um belo café da manhã incluso, enquanto no Ibis o café é pago à parte e custa 18 pesos argentinos, quanto a qualidade no Ibis o café é gostoso e simples. Porém não nos arrependemos em nada ter nos hospedado no Ibis: chuveiro quentinho, toalhas cheirosas, cama muito boa, TV a cabo, ar condicionado, quarto bem agradável.

Levamos em espécie somente reais. Não é necessário levar dólares porque você vai pagar taxa de câmbio duas vezes, pois na cidade só aceita-se pesos argentinos mesmo. O melhor lugar para trocar reais por pesos fica na saída do desembarque do Aeroporto, no Banco de La Nación. Fizemos o câmbio na proporção de 1 real para 1,68 pesos.

Para o translado até o hotel pegamos um táxi na saída do aeroporto, pagamos 95 pesos. Na verdade é caro, mas não adianta, pode-se até pechinchar um pouco, mas na chegada é difícil porque os taxistas sabem que existe uma relação de hipossuficiência no momento e você não vai conseguir mais do que 5 pesos de desconto. A frota argentina melhorou bastante desde a última vez. A quantidade de carros velhos diminuiu muito. Do aeroporto até o Hotel Ibis, são 30km, aproximadamente 45 minutos.

Fizemos o check-in no hotel e fomos caminhar pela cidade. A chuva estava fraca e não atrapalhou o passeio. Inicialmente fomos no Café Tortoni para saborear um maravilhoso “chocolate espeso”, pedimos 2 medias lunas e 2 churros para acompanhar. Os churros gostamos bastante, mas as medias lunas estavam um pouco secas.

Seguimos nosso passeio pela Avenida 9 de Julio, onde está o famoso Obelisco e fomos até a Recoleta e suas famosas ruas chiques. Fomos pela Calle Alvear, passamos pelo Hotel Alvear. No Hotel Alvear, tem o famoso chá da tarde com patisseries e chás exclusivos, o lugar é chiquérrimo e o preço 105 pesos por pessoa. Fomos até o final da rua que é na praça em frente ao Cementério da Recoleta, onde está o túmulo de Evita Perón. O tour dentro do cementério já tínhamos feito da outra vez e dessa vez ficamos somente curtindo a feirinha que tinha na praça e o shopping de design. Por´m eé interessante o passeio pelo Cemitério, existem várias esculturas interessantes e em alguns dias específicos, para os mais aficcionados, tem até passeio guiado. Passeamos mais um pouco pela Recoleta. O bairro é realmente muito charmoso.

À noite fomos no Siga La Vaca, no Puerto Madero. 63 pesos por pessoa com tudo incluído, inclusive vinho ou cerveja ou refrigerante. Eu realmente não sei porque o pessoal fala tão mal do Siga La Vaca. Essa já é a segunda vez que vamos e além de sermos muito bem atendidos, comemos muito bem. O lugar é simples, mas charmoso ao seu jeito, só pelo fato de ser na beira do rio já tem um charme natural.

Depois do jantar fomos caminhando até o Cassino, que fica bem pertinho. O Cassino é dentro de um navio, porque não são permitidas casas de jogo em Buenos Aires, mas confesso que é bem estranho porque tem até policiais na entrada do estabelecimento, muitos cartazes, ou seja, é uma grande vista grossa que fazem. O cassino se resume a um monte de velhos viciados, sentados em frente a máquinas caça-niqueis, fumando como loucos e colocando moedas de forma desenfreada na maquininha. É algo que pode passar sem dor nenhuma, mas nos fomos, sabe como é. Jogamos 10 pesos só para brincar e ganhamos 25 pesos, pelo menos.






O dia seguinte era domingo e automaticamente dia de ir à San Telmo visitar sua famosa feira de antiguidades. Pegamos na Praça do Congresso o ônibus linha 64 que te deixa na frente do Caminito, bem próximo de San Telmo e parada obrigatória para fotos.

O Caminito é aquele lugar que você tem que passar para tirar uma foto clássica com as casinhas coloridas e visitar as ruas cheias de pintores e bares, mas você fica sentindo-se meio estranho porque é um lugar atrolhado de turistas e os portenhos sabendo disso, cobram para tudo. Desde tirar uma foto com um dançarino de tango até para uma foto ao lado de uma escultura de dançarinos tem uma caixinha ao lado cobrando, então perde um pouco a graça.

Do Caminito da pra ir à pé mesmo até o Estádio do Boca Juniors. Não é todo dia que o estádio está aberto para visitação e alguns dias que tem jogo as imediações ficam lotadas de cambistas.
Fomos até a Rua Defensa que é o início da feira de San Telmo. Bem na praça ficam os expositores e vendedores de antiguidades, mas ao longo da rua, tem-se vários expositores de tudo que é tipo de coisa, antiguidades, roupas, artesanatos, enfim, vale a pena ir caminhando e apreciando tudo que tem para ver. Além disso tem muitos artistas de rua ao longo da “Calle”. O fim da Calle Defensa é bem próximo da Catedral, da Casa Rosada e da Plaza de Mayo. Então se suas pernas aguentarem é um bom dia para conhecer tudo.

De lá resolvemos ir à Palermo. Em Palermo andamos por suas charmosas ruas e visitamos o Jardim Botânico. Nós acabamos não indo porque não tínhamos mais força, mas bem próximo dali fica o Zoológico e ao Jardim Japonês dizem que é bem bonito. O Jardim Botânico é bem legal, super bem cuidado e tem muitos, mas muitos gatos. E tem que ver o tamanho dos bichanos, criados a toddy e super mansos.

À noite fomos a um espetáculo de tango. Em Buenos Aires, existem vários. Os que são mais turísticos, os que são mais portenhos, os mais populares e os mais caros. O que fomos que é o “Esquina Carlos Gardel” é um dos mais caros, mas também tem um show fantástico, comida saborosíssima, atendimento de primeira e o ambiente nota 10. Dá pra conferir um pouco de tudo no site http://www.esquinacarlosgardel.com.ar/.

Segunda-feira foi o primeiro dia que tomamos café no hotel e como era de se esperar era bom, mas nada típico ou surpreendente. Saímos à esmo pela cidade e fomos parar em Palermo novamente, mais precisamente na altura do número 4000 da Avenida Córdoba e na Calle Aguirre onde existem muitos outlets, caminhamos bastante, fizemos bastante compras. Já era noite quando terminamos as compras, passeamos mais um pouco por Palermo e fomos jantar num lugar chamado “Miranda” na Rua Fitz Roy com a Costa Rica. Lugar muito legal: moderno, comida boa, preço justo e ótimo atendimento. Voltamos para o hotel de ônibus, pegamos a linha 111 e descemos bem pertinho do hotel.



Terça-feira passeamos pela Calle Florida, uma das principais ruas de comércio e onde fica o Galerias Pacífico, um shopping bem bonito, com seu famoso teto pintado a la capela sistina e suas lojas de grife. No final da Florida fica a Plaza Libertador San Martin, que é muito bonita. Sentamos no gramado e curtimos um solzinho para esquentar. De lá seguimos a pé até o Puerto Madero.

O Puerto Madero é super charmoso, cheio de restaurantes e lojinhas, mas pra nós o legal mesmo é sentir o friozinho que vem do rio junto com o calor do sol enquanto se anda pelo porto. À noite fomos jantar no Palácio das Papas Fritas. Intenção frustrada. Detestamos o lugar: lugar feio, cheio de brasileiros, mesas e cardápios gordurosos, menu nada atraente. Moral da história demos meia volta e fomos lá para Palermo, terminar nossa noite e nosso ultimo dia no “Miranda”


Coisas importantes:

- Vista-se de maneira confortável. Quem quer conhecer a cidade precisa caminhar bastante, mesmo que ande bastante de táxi, nada substitui uma boa caminhada á esmo pela cidade;

- Tudo lá é muito barato para brasileiros, pois a comparação de preços é a mesma, porém o nosso dinheiro vale o dobro;

- Existe ônibus para tudo que é lugar e o melhor com muita freqüência, só um detalhe: é preciso ter moedas e isso é artigo raríssimo em Buenos Aires. Logo se pretende pegar ônibus já tente conseguir moedas na hora de fazer o câmbio no aeroporto;

- Quanto aos táxis nunca tivemos problemas, bem pelo contrário fomos muito bem tratados, mas sabe como é, turista não pode facilitar. Como os taxistas tem fama de dar notas falsas, tente não dar uma nota muito alta para o taxista que exija muito troco e esteja atento a nota que você deu, pois já ouvi casos em que dizem que você deu uma nota menor e acaba pagando duas vezes. Nunca aconteceu comigo, mas cuidado nunca é demais;

- Conhecer os pontos turísticos é essencial (Caminito, Casa Rosada, Puerto Madero, Catedral, Flor de Liz, Café Tortoni, Calle Florida, Obelisco, Av 9 de Julio), mas lembre, nada substitui sair a esmo e conhecer pontos de Buenos Aires que estão fora do circuito turístico, cafés, museus, arquitetura, a verdadeira cultura portenha está onde os turistas não estão às pencas. Como Buenos Aires é bem seguro é possível essas investidas em novos roteiros (quando eu falo seguro lembre-se que sempre é bom se cuidar e manter-se atento afinal ainda estamos em um país de terceiro mundo, com bastante pobreza).